Eu piso na noite, eu piso no chão, eu piso no açoite, como se espantasse seca do sertão
Eu passo entre as balas, eu passo entre os vãos, eu passo batido, arrastado, vendido, cabeça nas mãos
Eu prego a desordem, eu prego a união, eu prego nos trilhos, um velho estribilho, pra o trem devorar
Eu leio manchetes, eu leio as manhãs, eu creio nos livros, no alívio dos vivos, dos loucos, dos cegos, das mães,
Eu sou só,
sou só eu,
só eu sou
Eu vou só,
vou só eu,
só eu vou,
Caminhando e cantando e seguindo canções,
palhaços, palhaços, sem tempo ou lugar,
fazendo a hora, o canto sabiá,
Ai!, minh´alma canta, vejo o Redentor, oh!
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